
A mulher tem marcado as últimas décadas mostrando que competência no trabalho também é um grande marco feminino. Apesar de ser taxada como sexo frágil, a mulher tem se mostrado forte o bastante para encarar os desafios propostos pelo mercado de trabalho com convicção e disposição. A fragilidade da mulher, ou melhor, a sensibilidade da mulher tem grande colaboração nas influências humanas que se tenta propagar na atualidade, pois como se sabe, o mundo passa por transformações rápidas e desastrosas que precisam de mudanças imediatas. A mulher consegue transmitir a importante e dura tarefa de mudar hábitos com clareza e a delicadeza necessária para despertar envolvimento de cada indivíduo e a importância de mudança de cada um.
A constituição de 1988 veio garantir a dignidade da pessoa humana, a isonomia facilitando assim o crescimento da mulher na sociedade. No entanto a mulher nos últimos anos vem enfrentando um problema muito grave na sociedade Brasileira, relacionado a seus valores e seu respeito, constantemente temos ouvido musicas depreciativas e com sentido pejorativo desvalorizando assim a mulher que tanto lutou para chegar aonde se chegou: Olha, mulher é igual a lata, um chuta e outro cata, um chuta e outro cata...eu chutei, você catou". Músicas como esta, que fazem o sucesso de várias bandas de pagode na Bahia.
A deputada estadual Luiza Maia (PT-BA) impetrou um projeto na Casa que prevê a proibição de financiamento público para bandas e artistas que incentivem a violência e o preconceito contra as mulheres. Se o projeto for aprovado, o Governo do Estado e as prefeituras baianas ficarão proibidos de contratar artistas com repertório que desvalorize ou exponha as mulheres a constrangimentos. Ela já ganhou o apoio de dez deputadas da Casa e mantém um abaixo-assinado na internet para pedir apoio ao projeto. “Você não pode estar deixando normalizar, como se fosse natural a violência, o desrespeito e a desvalorização da mulher”, defende a deputada. E foi assunto de divergência e polemica entre os músicos, muitos não concordam, dizendo que se trata de uma brincadeira inofensiva, outros declaram ser inofensivas e de teor pejorativo. Nas festas de rua, precisamente o carnaval, vemos mulheres dançando e se divertindo com musicas com teor pejorativo, algumas sem se importa para o conteúdo musical. Problema Ético, Moral?
Nos escritos Kantianos modernos, existe um argumento do que seria Ética e porque agir moralmente; Nem todos os juízos de valores são iguais, não sou obrigada a esperar que outros agente racionais aceitem o válido, para eles, um juízo que eu não aceitaria se estivesse em seu lugar; Dizer que eu aceitaria o juízo que faço, mesmo que estivesse no lugar de outras pessoas, e elas no meu, equivale, contudo, simplesmente a dizer que posso prescrever o meu juízo a partir de um ponto de vista universal. Tanto a ética quanto a razão exigem que nos ergamos acima do nosso ponto de vista particular e adotemos uma perspectiva a partir da qual a nossa própria identidade pessoal, o papel que por acaso desempenhamos, no entanto essa tentativa demonstrar a existência de uma ligação entre razão e ética não consegue sustentar-se. David Hume afirmou que, na esfera da ação, a razão só se aplica aos meios, não aos fins. Os fins devem ser dados por nossas vontades e nossos desejos. Inflexíveis, Hume apresenta as implicações desse ponto de vista:
Não é contrario à razão preferir a destruição do mundo inteiro a um arranhão no meu dedo. Não é contrário à razão, para mim, optar pela minha ruína total a fim de impedir a menos inquietação de um hindu, ou de uma pessoa que me seja totalmente desconhecida. É igualmente pouco contrário à razão preferir inclusive um bem que reconheço menor a um bem maior, e ter uma afeição mais intensa pelo primeiro que pelo segundo. E por ultimo, se concordarmos com Sidgwick que acredito eu ser o mais sensato, sustentarmos que é racional agir em nome de nossos interesses a longo prazo, independentemente do que por acaso queiramos no presente momento, poderíamos mostrar que é racional agir moralmente mostrando que faz parte dos nossos interesses a longa prazo fazer as coisas desse modo. Já foram muitas tentativas de seguir essas linhas de argumentação, desde que Platão, na República, representou Sócrates argumentando que ser virtuoso é ter os diferentes elementos da própria personalidade ordenados de maneira harmoniosa, e que isto é necessário para a felicidade. Desse ponto de vista o que realmente importa são os resultados e não os motivos.
Enfrentamos um problema serio antecedente a esse, a falta de educação; A maiorias das mulheres que são contra esse projeto de lei, são mulheres com baixa escolaridade, baixo nível social. A nossa constituição Brasileira de 1988 visa estabelecer um relacionamento de respeito quando se garante o principio de Dignidade da Pessoa Humana, mais o que seria considerado falto de respeito para uma sociedade tão permissiva, sem educação como a nossa?! É preciso combater a falta de escolaridade no Brasil para que no futuro não seja necessário fazer projetos para que as mulheres não sejam alvos de piadas e nem “brincadeiras” de mau gosto. No entanto, o Brasil como pais que prioriza o ser humano, não dever apoiar nem contribuir para que músicos com palavreado chulos venham tomar conta da musica do nosso País.
Como diz Luiza “Não se pode naturalizar a violência e o desrespeito”.
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